A vida de um ostomizado

E se de repente fosse obrigado a aprender a viver de novo?
Um indivíduo sujeito à construção de uma ostomia enfrenta inúmeras dificuldades, no seu novo dia a dia e, depende também de nós ajudar-lhes nesta nova realidade.
Uma ostomia é uma abertura realizada pelo médico num orgão, para o exterior, formando um estoma (abertura) à superfície da pele. As ostomias são feitas no trato gastrointestinal e urinário, sendo as mais frequentes a colostomia, ileostomia e urostomia, representadas na figura.
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São intervenções cirúrgicas, de extrema importância, já que surgem como alternativa à forma normal de ingestão de alimentos ou de excreção de efluentes, como as fezes e urina.
Dependendo da gravidade poderão ser permanentes ou apenas temporárias.
Nas ostomias, o estoma serve para eliminar os efluentes produzidos pelo indivíduo. Para este efeito é necessário o uso de um sistema coletor, dado que, os estomas digestivos e urinários não possuem as propriedades do músculo esfinctérico anal e urinário que têm a capacidade de controlar a saída dos efluentes.
ILEOSTOMIA: Dá-se quando a ostomia é realizada no intestino delgado. Indivíduos com síndromes hereditários, colite ulcerosa e doença de Chron estão predispostos a este tipo de intervenção. É no intestino delgado que os alimentos começam a ser absorvidos e, por tal razão, a evacuação do efluente é quase automática, sendo caracteristicamente mais líquido. Os sacos de ileostomia são pensados para serem esvaziados sempre que necessário, podendo durar até 2 dias, desde que estejam limpos. Nesta ostomia, é necessário proteger a pele à volta do estoma já que o efluente é mais ácido, devido às enzimas digestivas, podendo ser corrosivo para a pele.
COLOSTOMIA: Ocorre quando é feita uma ostomia, no intestino grosso. O efluente, neste caso, é mais espesso tendo em conta que a maior parte da água e nutrientes já foi absorvida. Também se formam odores e gases, sendo por esta razão que os sacos de colostomia vêm equipados com filtros de carvão ativado para absorver os gases e odores. Estes sacos não podem ser esvaziados e devem ser rejeitados após estarem cheios até 1/3 da sua capacidade total, para que o peso das fezes não repuxe o saco, e agrida a pele. Como causas mais frequentes temos o cancro do colón.
UROSTOMIA:Quando a intervenção cirúrgica é feita para redirecionar o fluxo de urina. Tem como causa predominante o cancro evasivo da bexiga. Os sacos de urostomia são característicos por possuirem uma válvula de abertura que permite esvaziar o saco sempre que necessário.
Existem outros acessórios que facilitam o dia-a-dia do indivíduo ostomizado como:
- Anel Moldável: Isola o espaço entre o estoma e saco coletor, evitando que os efluentes contatam com a pele
- Tira de Fixação: Fixa a placa à pele
- Cinto: Funciona como um suporte adicional da placa
- Pasta em Tiras: Preenche as cavidades da pele, tornando-a mais uniforme para a fixação da placa
- Removedor de Adesivo: Facilita a remoção do adesivo da pele, não agredindo a mesma
- Creme Barreira: Cria uma camada protetora à superfície da pele contra os efluentes
- Pó cicatrizante: Absorve a humidade da pele
Apesar de ser um desafio extraordinário, a vida de um ostomizado continua e é possível voltar à rotina anterior. Todas as atividades podem ser realizadas como antes e cabe a todos nós apoiar a reintegração deste indivíduo na sociedade.
A vida como conhece não acaba aqui!
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